Saturday, March 25, 2006

Acabou a pilha... jogue-a na lixeira?

Olhem só o que eu flagrei em uma historinha do famoso personagem de Maurício de Sousa:


Alguém já ouviu falar que não se deve jogar pilhas na lixeira?

Diz a ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) que as pilhas comuns fabricadas pelas industrias brasileiras em conformidade com seus padrões podem ser descartadas junto com o lixo doméstico!

O argumento é que pesquisas intensas foram realizadas no intúito de reduzir a quantidade de poluentes nos produtos. Falam em "níveis seguros" dessas substâncias, que não seriam prejudiciais ao meio-ambiente.

A expressão "nível seguro" já caiu na boca do povo. Mas o que é um nível seguro? Existe realmente um nível seguro para poluição? Podemos confiar?

Não custa para nós devolver pilhas e baterias para os distribuidores e não custa a estes devolverem-as para seus fornecedores. Talvez custe aos fornecedores dar um fim realmente seguro a elas, e também talvez por isso essa prática tenha sido desregulamentada.

Se os níveis são seguros ou não, eu sinceramente não sei. Mas de algo tenho certeza: pilhas poluem.

Vamos poluir, Cebolinha?

A ABINEE agradece!

* A imagem foi retirada do "Almanaque do Cebolinha" nº91, Editora Globo, páginas 20 e 21.

Friday, March 24, 2006

O Paradoxo do Pó Royal

Vejam essa foto:

Caixinha de "Pó Royal"


Trata-se do famoso fermento químico em pó "Royal".

Já perceberam que a imagem sugere algo um tanto incômodo? O rótulo do fermento possui uma foto de sí mesmo em seu centro. O rótulo da foto, por sua vez, também possui uma foto de sí mesmo, sugerindo uma sucessão infinita de rótulos dentro de rótulos!

O que então, afinal, está desenhado no rótulo da caixinha de pó Royal?

Podemos tirar algumas conclusões. Para que a caixinha de pó Royal esteja completa, é necessário que desenhe-se em seu rótulo uma cópia de sí mesma. Acontece que para desenhar a cópia da caixinha é preciso desenhar outra caixinha dentro desta, e assim por diante.

Na verdade, para concluir o desenho da caixinha é preciso ter com antecedência a imagem da caixinha completa. É notável que existe uma dependência insuperável, vinculada à estrutura do tempo, já que seria necessário que a caixinha exista antes de ser criada.

Isso é obviamente impraticável em nosso mundo físico, logo nem o autor da arte da caixa de pó Royal sabe realmente qual é o desenho completo (não adianta perguntar pra ele).

Além de impraticável no mundo real, isso também é ilógico, não tratando-se apenas de uma questão temporal, física. Mesmo que o tempo corresse no sentido contrário (ou seja, a existência da caixinha precedesse sua criação), o desenho jamais estaria completo! Isso porque, mesmo que existam infinitas caixinhas desenhadas, sempre haverá uma caixinha à ser desenhada dentro da última caixinha.

Além disso, há um ponto dentro do desenho (aproximadamente no centro) que está dentro do desenho de todas as infinitas caixinhas. Esse ponto não pode ser definido. Abstraindo-se das limitações do nosso pobre universo (qualidade de impressão, átomos e etc), e mesmo havendo realmente muitas caixinhas umas dentro das outras, sempre podemos determinar uma área maior que zero que esteja dentro de todas as caixinhas. Mesmo com um número infinito de caixinhas, ainda podemos definir um ponto pertencente à todas elas. Como o desenho nesse ponto não pode ser definido, a caixinha de pó Royal simplesmente não existe.

E agora? Como sua mãe vai fazer o bolo?

A culpa não é minha!

(não pegue uma lupa)

O Banal

Olá!

Meu nome é Diego M. Quinteiro, e este é meu mais novo e fresco blog.

Este blog propõe exibir as minhas estúpidas deformações do mundo. Vou divagar aqui sobre as coisas banais que cercam nossa pacata vida. Os assuntos aqui tratados não me dizem respeito, mas tomo a liberdade de tomar conclusões sobre eles.

O banal é o que nos cerca o tempo todo, mas não damos atenção (se dessemos não seria banal). Em tudo que olhamos há um "quê" de ciência e filosofia da mais profunda. Eu não sou cientista ou filósofo, mas sou um autor de blog, o que me dá o poder de despejar meu cérebro na mesa para que vocês o comam.

Bom apetite!